O ex- diretor da Escola Superior de Agricultura de Lavras, ESAL, Alysson Paolinelli, será indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2021 pela contribuição e dedicação à agricultura tropical, segurança alimentar e sustentabilidade que as novas tecnologias trouxeram à produção de grãos no Cerrado brasileiro em sua larga escala.
Paolinelli tem 84 anos e uma notável trajetória com experiências que o distingue como um dos expoentes da agricultura nacional, considerado um dos grandes responsáveis pela maior revolução tropical agrícola da história brasileira.
Engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Lavras, UFLA, especializou-se nos estudos sobre o potencial da região do Cerrado para a produção agrícola. Posteriormente, como professor, Alysson Paolinelli foi um dos líderes na federalização da ESAL em 1963 e, mais tarde de 1966 a 1971 já como diretor da Instituição, possibilitou um ritmo de expansão próprio do dinamismo que é característico de seu perfil.
Paolinelli também foi um dos responsáveis pela criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa e pelo desenvolvimento do Proálcool. Foi ministro da Agricultura no governo Ernesto Geisel, de 1974 a 1979. Presidiu a Confederação Nacional da Agricultura, a CNA e elegeu-se deputado federal por Minas Gerais nas eleições de 1986, fazendo assim parte da Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988.
Foi secretário de Estado de Agricultura de Minas Gerais por três vezes, chefe da Delegação Brasileira na Conferência Mundial de Alimentos da FAO e presidente da Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior do Brasil.
Em 2006, Paolinelli foi laureado com o prêmio World Food Prize, que condecora personalidades que contribuíram significativamente para o aumento da qualidade e da quantidade de alimentos no mundo.
Atualmente, é presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho, Abramilho e do Instituto Fórum do Futuro, além de embaixador da Boa Vontade do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura, IICA.
O último prêmio Nobel dado a um membro da área de alimentação foi em 1950.
Agora, toda a documentação enviada sobre o brasileiro será avaliada pelo conselho da premiação em Oslo, na Noruega. Até novembro de 2021, novos dados podem ser complementados à candidatura.
Fonte: Carta Piauí